sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Vale a Pena Ouvir (Ler) de Novo



No dia do rádio, vou repetir um texto que escrevi no dia 05 de janeiro deste ano.
Viva o rádio!

Minha história com o rádio

Você já leu neste Blog como foi a minha primeira transmissão no estádio, e agora, atendendo “milhares” de um pedido, vou contar meu início no rádio.

Nasci em uma família que ama rádio, desde muito cedo escuto esta caixinha de emoções. Eu sempre observava um vizinho ouvindo seu radinho a pilha, e sempre tive vontade de ter um, acabei ganhando quando completei 11 anos. Lembro até hoje, ouvia as notícias bem baixinho e saia correndo pra contar, eu era quase um plantão. Cresci ouvindo rádio, principalmente o AM, muito da minha formação, da minha cultura e do meu entendimento do mundo, foi por causa do rádio, ouvindo grandes mestres como José Paulo de Andrade, Heródoto Barbeiro, Eli Correa, Osmar Santos entre outros, aprendi muito.

Sempre mantive o sonho de trabalhar falando no microfone (quando criança tinha alguns de brinquedo), e cresci alimentando esta vontade, este desejo. Comecei ouvir rádio o dia inteiro, era mais que um vício, e fazia mais, pegava o ônibus e ia até Santo André na Rádio ABC, adorava assistir os locutores trabalhando, e adorava perguntar se eu não poderia trabalhar na emissora. Certa vez, um funcionário da rádio teve que sair mais cedo, e eu, me ofereci para atender telefone, que emoção, que alegria, aquele dia foi inesquecível.

O tempo passou, eu fui trabalhar em outras funções, mas sempre acompanhando todas as rádios, participava de tudo, ligava o dia inteiro e até ganhava alguns prêmios. Muitas emissoras realizam programas em lugares alternativos, saem dos estúdios e vão para as ruas, e claro, eu sempre estava lá. Um dia, mais precisamente no dia 25 de janeiro de 2004, aniversário de São Paulo, fui ao Pátio do Colégio, no centro da capital, nele estava sendo realizado um programa da Rádio CBN, com o apresentador Milton Jung. Durante a festa, conheci um pessoal bem bacana, alunos da Radioficina, uma escola de rádio localizada no Cambuci. Chegando em casa, contei o ocorrido para minha mãe, que me deu uma ótima notícia, ela ia pagar um curso pra mim (só um detalhe, eu não tinha dinheiro e muito menos ela, fizemos alguns milagres e pagamos tudo). No outro dia, logo cedo, eu já estava na porta da escola, fiz minha inscrição, paguei a matrícula, estudei, passei em todas as matérias direto sem recuperação, e modéstia a parte fui um dos melhores da sala. Durante o curso, apresentei dois programas ao lado de colegas, na rádio web da escola.

Quando conclui o curso precisava de um emprego, algo que não era e que não é fácil. Fui em todas rádios, levei CD com gravações, currículos, tudo, mas não obtive resultados, acabei chorando na escadaria da Fundação Cásper Líbero. Como já disse anteriormente, eu participava de todos os programas, mandava cartas, e-mails, telefonemas, enfim, era um ouvinte assíduo, e por isso, certo dia, o Lélio Teixeira, do Na Geral, da Rádio Bandeirantes, me indicou para a 105 FM, e acabei conseguindo realizar meu sonho, no dia 23 de abril de 2005 fiz a minha estreia no rádio, e no dia 25 de junho de 2005, fiz meu primeiro jogo no estádio.

Um comentário:

Fabio Reis disse...

Essa sua historia realmente é muito bonita,ja tinha comentado no post que vc tinha feito no inicio do ano!
Uma historia de muita superação,se um dia eu conseguir o meu sonho de trabalhar no radio,acho que a minha historia ainda supera a sua!rs

Abraços e sucesso!