sábado, 9 de abril de 2011

Feliz Aniversário, Torvano


Sempre repito este texto no dia do meu aniversário.

Nasci em uma família que ama rádio, desde muito cedo escuto esta caixinha de emoções. Também adorava observar um vizinho ouvindo seu radinho a pilha, sempre tive vontade de ter um. Acabei ganhando quando completei 11 anos. Lembro até hoje, ouvia as notícias bem baixinho e saia correndo pra contar, era quase um repórter plantonista. Cresci ouvindo rádio, principalmente o AM, muito da minha formação, da minha cultura e do meu entendimento do mundo, foi por causa do rádio. Vários e vários nomes do mundo radiofônico foram meus mestres.


Sempre mantive o sonho de trabalhar falando ao microfone (quando criança tinha alguns de brinquedo), e cresci alimentando essa vontade, este desejo. Ouvia rádio o dia inteiro, era mais que um vício, era amor. Lembro que eu pegava o ônibus e ia até Santo André, na Rádio ABC, adorava assistir os locutores trabalhando, e adorava perguntar se eu também poderia ser um funcionário da rádio. Em uma dessas visitas, um atendente da emissora teve que sair mais cedo, e eu me ofereci para atender telefone no seu lugar. Que emoção, que alegria, aquele dia foi inesquecível.

O tempo passou, acabei indo trabalhar em outras áreas, mas sempre acompanhando todas as rádios. Participava de tudo, ligava o dia inteiro e consequentemente ganhava muitos brindes.

Muitas emissoras realizam programas em lugares alternativos, saem dos estúdios e vão para as ruas, e claro, eu sempre estava lá. Um dia, mais precisamente 25 de janeiro de 2004, aniversário da cidade de São Paulo, fui ao Pátio do Colégio, no centro da capital, nele estava sendo realizado um programa da Rádio CBN, apresentado pelo jornalista Milton Jung. Durante a “festa”, conheci um pessoal bem bacana, alunos da Radioficina, escola de rádio localizada no Cambuci. Já em casa, contei o ocorrido para minha mãe, que me deu uma ótima notícia, ela ia pagar um curso de locução pra mim (só um detalhe, eu não tinha dinheiro e muito menos ela, fizemos alguns milagres e pagamos tudo). No outro dia, logo cedo, eu já estava na porta da escola. Fiz minha inscrição, paguei a matrícula, estudei, passei em todas as matérias (sem recuperação), e modéstia a parte fui um dos melhores da sala. Durante este período, apresentei dois programas ao lado de colegas, na rádio web da escola.
Quando conclui o curso precisava de um emprego, algo que não era e que não é fácil. Fui em todas rádios, levei CD com gravações, currículos, tudo, mas não obtive resultados, acabei chorando na escadaria da Fundação Cásper Líbero (Gazeta). Como já disse anteriormente, eu participava de todos os programas, mandava cartas, e-mails, telefonemas, mensagens, enfim, era um ouvinte assíduo, e por isso, certo dia, Lélio Teixeira, do Na Geral, da Rádio Bandeirantes, me indicou para a 105 FM, para trabalhar na equipe de esportes. Acabei conseguindo realizar meu sonho, no dia 23 de abril de 2005 fiz a minha estréia no rádio, e no dia 25 de junho de 2005, fiz meu primeiro jogo no estádio.Hoje sou feliz, vivo um sonho e não quero acordar dele.

3 comentários:

andregipi disse...

Parabéns Torva!!! Que este ano a mais de experiencia na sua vida, se reflita na sua profissão!

abraço

Jonas Santos disse...

Feliz aniversário Torva, espero que venham mais e mais aniversários, e muitos anos de rádio, para que possamos acompanhar seu trabalho ainda por bastante tempo.
Torva, você ou o pessoal da 105 fm, não teriam algum aúdio desse seu primeiro jogo?
Não tive a chance de ouvir, e acho que seria legal que você mostrasse no blog caso tiver algum disponível, pois tenho certeza que muitos dos que te ouvem hoje, também não tiveram essa oportunidade.
Abraços Torva.

Anônimo disse...

O rádio principalmente o AM é uma cachaça da boa, quem prova vicia.

Marcelo