domingo, 30 de outubro de 2011

Usando a Razão

Trabalhei em um jogo maluco, aconteceu de tudo, tudo mesmo. Santos e Atlético-PR foi um daqueles jogos que vai entrar no livro da minha vida. E vou analisar a partida com a razão, tentando não usar a emoção.

Vamos por temas:

Atlético-PR: Time horrível, assustadoramente ruim. O Paulo Baier não é um gênio, sempre foi um jogador razoável, e nesta equipe do Atlético é o destaque. Isso quer dizer muita coisa.

Equipe com cara de segunda divisão, clima de rebaixamento no ar. Está difícil pensar diferente. E agora o principal, alguém precisa avisar o Antônio Lopes que ele não tem mais condição de trabalhar. Para o bem dele e da família, a trajetória dele chegou ao fim. Não sou ninguém pra ficar encerrando a carreira de uma pessoa. Mas nesse caso... Em alguns momentos do jogo, achei que o comandante ia dormir sentado no banco de reservas.

Francisco Carlos Nascimento (Árbitro da Bahia): Ele não é ladrão, longe disso. Mas o árbitro é fraco demais, ruim demais, péssimo demais. No primeiro lance do jogo, o Neymar se jogou e cavou uma falta. No segundo lance do jogo, Neymar se jogou e cavou outra falta, mas desta vez dentro da área. O árbitro marcou um pênalti absurdo.

O Neymar fez o papel dele, enganou a arbitragem. Deu certo, então merece parabéns. O atacante se aproveitou da ruindade do homem do apito. O Santos também marcou um gol que acabou anulado. Foi estranho, bem estranho. O senhor Francisco deu o gol e o bandeira confirmou. Na sequência o Paulo Baier falou, falou e falou e aí o árbitro anulou o gol. Jesus põe a mão. O próprio Paulo Baier disse que ele mesmo apitaria melhor a partida.

Sempre joguei futebol na rua e não tinha árbitro, o jogo se desenvolvia bem melhor. E ainda dois jogadores mereciam ter sido expulsos, Cléber Santana e Neymar. Os dois já tinham amarelo e cometeram faltas passíveis de punição.

O árbitro ainda pediu a camisa do Neymar, ele queria uma recordação de sua pior partida no apito. Não acho errado esse gesto, mas ele poderia ter sido mais discreto.

Santos e Neymar: O primeiro tempo do Santos não foi bom. Um time estranho, esquisito e um pouco complexo. Se jogar assim contra o Barcelona terá muitos problemas. Na segunda etapa o Peixe contou com vários fatores, desde talento, até mesmo sorte. Sobre o Neymar, falo sempre com a razão e nunca com emoção.

Nunca achei o atacante ruim de bola, jamais, não sou tonto. O Neymar é bem melhor que muitos por aí. Só não o considero um gênio (adjetivo que eu pouco uso no futebol). O Neymar fez hoje alguns gols que outros atacantes também fariam. Nada demais.

O atacante fez dois gols de pênalti, alguns jogadores também fariam. O terceiro gol foi dado de presente, o zagueiro tropeçou na formiga e não tinha muito como errar. O quarto gol contou com mais talento, a zaga foi inocente e o Neymar se aproveitou disso.

Não achei uma partida genial do “garoto”, apenas uma atuação normal, mas claro, chamou a atenção pelos quatro gols. Talvez eu devesse ser mais exagerado, achar tudo lindo. Mas não acho. Acontece.

Então é isso, (in)felizmente ainda não contrataria o Neymar pro meu time. O atacante decide alguns jogos, mas não todos.

Nenhum comentário: